terça-feira, 21 de julho de 2009

Belluzzo, não se mexe em time que está ganhando!

Quero muito estar enganado e comemorar o título no fim do ano mas sinceramente, não gostei da contratação. Muricy cozinhou, fez graça e esnobou o Palmeiras. Duvido que se nesses quatro jogos o Palmeiras não tivesse alcançado os 13 pontos que conquistou, ele topasse a empreitada, com o clube em crise, a torcida revoltada e o time na rabeira da tabela. Duvido.


Jorginho, por sua vez, foi comendo pelas beiradas e o time respondeu bem com ele. O ataque passou a marcar a saída de bola e o time todo hoje, corre mais do que nos tempos de Luxemburgo. Se o próprio Jorginho se diz inexperiente para alcançar o título e continuar sozinho no comando do Palmeiras, o Sr. Belluzzo deveria, no mínimo, dizer a ele: "Força, você vai conseguir sim. Experiência você atinge no decorrer do campeonato!!!". Tinha obrigação de efetivá-lo no cargo.

Jorginho caiu nas graças do elenco. Merecia a efetivação.


Agora me preocupa a impressão do grupo com a chegada do "Garoto Enxaqueca". Se eles não gostarem da ideia, Muricy pode ter vida curta. Vai depender da resposta em campo. É claro que os jogadores sempre buscam a vitória e com o time na liderança, vão fazer de tudo para permanecerem no topo, mas temo os caprichos do rabugento Muricy. Técnico consagrado adora aparecer e ele não é diferente de Luxemburgo, Leão e outros mais. Por vaidade, pode afastar um jogador ou deixar outro no banco só para mostrar que manda.


Outra questão. Porque Muricy fez toda essa firula e não fechou antes? Saiu com o papo de que técnico deveria respeitar o outro e não ir logo assumindo o cargo no dia seguinte. Novamente pergunto: e se o time tivesse despencado na tabela? Futebol é dinâmico, Sr. Muricy. Saiu hoje, amanhã tem que ter outro. Em qualquer profissão é assim. Ou as empresas, em nome da ética, respeitam a demissão deste ou daquele e demoram dois meses para substituir um funcionário? Isso não existe.


Por que Jorginho está dando certo? Boleiro gosta de ser cobrado, não mandado. E Muricy é mandão demais. Jorginho leva a galera na flauta. Cobra, mas sabe como fazê-lo. Respeita os jogadores. Será que Muricy vai ser tão camarada quanto Jorginho? Sinceramente estou com os dois pés atrás com a decisão da diretoria. Estragou minha noite. Estou com a sensação de que perdemos a invencibilidade de 11 jogos, por 4 a 0, pro maior rival. Engasgado.


De positivo nessa história destaco a permanência de Jorginho como auxiliar técnico. Embora Muricy traga seu fiel escudeiro Tata na bagagem, o site oficial do Palmeiras dá como certa a continuidade de Jorginho como auxiliar.


De toda maneira, boa sorte Palmeiras! Veja lá o que vai fazer com essa camisa, Sr. Muricy!!!
*Foto extraída do site: http://www.canalpalmeiras.com.br/

domingo, 19 de julho de 2009

Na contramão da Rota

Há tempos não assistia a um filme. O último deles, se a memória não me confunde, foi Sete Vidas, com Will Smith, no cinema.


Neste domingo, no horário "nobre" pós-futebol, resolvi encarar o ROTA Comando, de Elias Júnior. A ideia era contar a história da tropa de elite paulistana, porém, talvez a fonte - o livro Matar ou Morrer, de Conte Lopes - tenha contribuído para o festival de patacoadas.




Muitos "rotarianos" eram contra o filme e temiam manchar a imagem da ROTA

Os criadores de Tropa de Elite, - se já viram o filme - provavelmente tenham gargalhado com as cenas e atores despreparados e certamente perceberam traços da produção carioca neste longa. Da narração aos tapas e uma tonelada de palavrões, a diferença ficou por conta do enredo e da carência de boas interpretações.

Não dá para culpar os "atores" de ROTA Comando porque eles não os são. Diálogos engessados, textos ruins e aparições do próprio Conte Lopes como Capitão deixam a impressão de que a trama poderia ter sido melhor engendrada não fosse a maneira um tanto caricata de pintar vilões e mocinhos na história.

Para piorar as coisas o filme dá um "tiro no pé" da própria ROTA, revelando total despreparo da polícia paulistana ao negociar com um bandido armado. Ele diz que vai se entregar e pede garantias. São quatro ou cinco "rotarianos" mortos ao botar a cara para o bandido e acreditar que ele vai se entregar. Numa delas, Vadão, foragido das favelas cariocas e estabelecido em São Paulo, põe o filho à frente com uma arma na mão e diz que é a dele e que ele vai se entregar. Quando o PM se aproxima ele dispara contra o policial e volta pro barraco novamente, comemorando. Eis que entra em cena Conte Lopes - o protagonista - e com um tiro certeiro acaba com a farra de Vadão.

Ao contrário da trama carioca, que contou com um protagonista de peso e alguns atores profissionais, nenhum ator de renome participou do filme. Vale ressaltar que Tropa de Elite custou 10,5 milhões de reais e ROTA Comando teve orçamento de 500 mil reais, segundo o site G1.

Nos extras, comentários do diretor Elias Júnior, de Conte Lopes e de Paulo Ricardo, que compôs ao lado de Andreas Kisser - ex-Sepultura - a trilha do filme e mais "tiro no pé". No depoimento de Lopes descobre-se que Elias Júnior e sua assessora o procurou no fim de 2007 com a ideia de fazer um documentário ou filme sobre a Rota e então, Lopes ofereceu seu livro como fonte. Esta informação contradiz o próprio diretor, que defende ter concebido o filme antes de Tropa de Elite, na mesma reportagem destacada no parágrafo anterior, porém, este foi lançado em 14 de outubro de 2007.

Se ficou curioso, boa sorte.

*Foto extraída so site Wikipédia - upload.wikimedia.org/