terça-feira, 6 de março de 2012

Bicicletada SP: "mais amor, menos motor"

Aproximadamente cinco mil ciclistas participaram da #BicicletadaSP, na noite desta terça-feira (6), na Av. Paulista. O movimento, que aconteceu em mais de 35 cidades do país, teve concentração na Praça do Ciclista, entre a R. Bela Cintra e R. da Consolação, e de lá, partiu rumo ao Paraíso, passando pelos locais dos acidentes que vitimaram Juliana Dias e Márcia Prado, coincidentemente, próximos.

O principal objetivo, além de homenagear as duas ciclistas tragicamente mortas na avenida mais importante da Pauliceia, era pedir mais respeito aos motoristas e autoridades competentes, como mostrará a entrevista com Eduardo Merheje, que se mostrou contra a paralisação dos dois sentidos da via, ocorrida momentaneamente em dois pontos da passeata, e acendeu uma vela preta, no cruzamento da Paulista com a R. Maria Figueiredo.


Depois de paralisar a pista sentido Paraíso, a #bicicletada seguiu pela R. 13 de Maio, passou pela R. Maria Paula, com direito a uma pausa em frente à Câmara dos Vereadores. Depois, segundo o ciclista "Mario Bros", outra parada e muitos protestos diante da 'casa do Copas', mais conhecida como sede da Prefeitura de SP;, Pça da República, Rua Augusta e completou o giro, regressando à Praça do Ciclista.


Uma 'pequena' cicloativista, Ellen Cristine, 8, chamou a atenção por verbalizar sua indignação ininterruptamente, ao longo da passeata: "Todas as crianças da minha escola estão lutando para salvar a natureza", esbravejou.


Confira o vídeo abaixo, do início dos protestos, e as demais entrevistas, postarei em breve:

quinta-feira, 1 de março de 2012

Ciclovia do Pinheiros: dá para melhorar


Com a trégua das chuvas nas últimas semanas, tenho conseguido ir ao trabalho de bicicleta, praticamente todos os dias. Utilizo a ciclovia do Rio Pinheiros, da entrada principal, na Av. Miguel Yunes, até a saída, na Vila Olímpia. Pedalando sem pressa, gasto cerca de 30/35 minutos.

O que me espanta numa cidade como São Paulo é uma alternativa como esta, à disposição de quem queira usar, seja tão pouco aproveitada pela população. Está certo que a infra-estrutura não está 100%, como já deveria estar se as promessas dos nossos governantes fossem cumpridas, no entanto, creio que falte um pouco de coragem ao mesmo pessoal que lota a ciclovia aos finais de semana.

Saída estação Santo Amaro: para inglês ver e pouca gente usar

No horário em que costumo ir, encontro, se muito, duas ou três pessoas a caminho do trabalho. Anteontem por exemplo, conversei com o João, que trabalha no Itaim e pedala do Grajaú até lá, todo santo dia. Faça chuva ou faça sol. Para ele, "o pessoal gosta é de ir cochilando em pé, com gente pendurada nas costas", referindo aos trens lotados, que aceleram paralelamente. Para Wesley Vinícius, 18, "falta melhor cuidado com a pista, já que vários buracos tomam conta do trajeto. E a diminuição dos veículos na ciclovia também ajudaria bastante", afirmou.

Dia desses, através do twitter, dirigi essas perguntas à Soninha Francine, cicloativista e pertencente à casta de políticos da Pauliceia: "Alô , sabe da promessa de construção de saídas da Ciclovia do Pinheiros nas estações? Tem alguma previsão das autoridades?"

Infelizmente, não obtive resposta.

Das autoridades, para que mais pessoas possam se valer deste saudável meio de transporte nos dias úteis, é preciso que:

1) cumpram a promessa de construção das saídas em TODAS as estações da CPTM; Creio que a saída da estação Jurubatuba seja um modelo prático e econômico, diferente da obra astronômica que fizeram na estação Santo Amaro (foto);

2) amplie o horário de fechamento, que hoje, com o fim do horário de verão, voltou a ser às 18h15; O ideal seria mantê-lo, no mínimo, até às 19h15*. (ou nao havia percebido, ou curiosamente mudaram hoje, e a ciclovia continuará aberta até às 19h15, até 1º de abril)

3) ilumine todo o trecho em utilização, da Miguel Yunes à Cidade Universitária;

4) Diminua a circulação de veículos "particulares" (são muitos, e muitas vezes, em alta velocidade);


E por último, um recado a quem nos observa da plataforma, esperando trens lotadíssimos e desconfortáveis ou mesmo, dos carros, parados no trânsito da marginal:

Venha para a ciclovia. Os benefícios são incalculáveis. Em todos os sentidos.