quinta-feira, 21 de maio de 2009

Quantos amigos você já perdeu?

Até quando iremos tomar conhecimento, digerir as notícias e cruzarmos os braços a espera do próximo crime? E nos lamentarmos novamente. De quem é a culpa? Do governo? Da polícia? Como solucionar este problema crônico que atinge não só as grandes cidades, mas um país inteiro.


Ontem, a caminho do trabalho, ouvi na CBN que no nordeste, os pistoleiros agem cada vez mais confiantes da impunidade a ponto de divulgarem uma tabela de preços. Quer a cabeça de um padre? Cinquenta mil reais. De um sindicalista? Dez mil. Calma aí. Você deve estar se perguntando como a polícia não elimina esse tipo de gente e certamente já pensou num plano capaz de enjaular um a um, não é verdade? E por que isso não acontece?


Tenho a impressão de que o Brasil perdeu a noção do certo e do errado. Aqui anda valendo tudo e a certeza da impunidade encoraja o sequestrador, o estuprador, o bandido. Ele vê tudo na TV e fatalmente quer fazer igual. Vê que o banqueiro desviou dinheiro e está passeando de carrão sem ser incomodado. Vê que os políticos constroem mansões, riem da cara do povo e ainda dizem que estão se lixando por eles.


Esses "maus exemplos" se multiplicam todos os dias e desconfio de que muita gente, decente até então, esteja buscando seu espaço no crime. Simplesmente porque perdeu as esperanças de vencer pelo suor. Triste e lamentável, mas é a pura realidade.


Entra governo, sai governo e o ciclo se retroalimenta. Não há planejamento para coibir o avanço da violência. Acho que está mais do que na hora de pensarmos e discutirmos a pena de morte no Brasil. Porque se continuar do jeito que está, a tendência é perder mais vidas inocentes e assistir ao triunfo do vilão. De braços cruzados.

*Foto extraída do blog Imprensa Livre