domingo, 9 de agosto de 2009

Herói estradeiro

Na descrição deste blog disse que escreveria, dentre outros assuntos, poesia. Não sou lá um Drummond e nem tenho hábito de exercitar esta verve, mas nunca é tarde para arriscar alguns versos. Este primeiro escrito aqui, será em homenagem aos pais de todo o planeta, e especialmente ao meu: Leônidas Barbosa da Silva, ou Léo, não só para os íntimos, mas para todo mundo.


Léo: sempre bem humorado e pronto pra luta


Herói estradeiro

Na distante Seabra nasceu um menino ligeiro
Seu sonho, desde moleque, era ganhar dinheiro
Leônidas, quis o destino, não nasceu boleiro
A vida lhe permitiu de ofício, ser caminhoneiro

Jovem, cheio de planos, veio pra terra da garoa
Conheceu a Joana, casou-se e ficou numa boa
E logo a família cresceu: o primeiro da fila fui eu
Sempre na boléia, dos quatro filhos ele nunca esqueceu


Quando voltava era sempre uma festa
O barulho do freio, abraço apertado, beijo na testa
Corríamos para o portão, gritando pelo Léo
Sempre que ele chegava nos sentíamos no céu


Um viajante sem rumo pelo Brasil inteiro
Conhece do Oiapoque ao Chuí
Percorre estradas, sol, chuva e atoleiro
Sempre bem humorado, lutando sem desistir
Como todo brasileiro que não deixa de sorrir