domingo, 6 de dezembro de 2009

Fim do sofrimento

Eis que o Brasileirão chega ao seu final. Graças a Deus. Por tudo o que aconteceu nas últimas rodadas é com certo embrulho no estômago que escrevo este post.

Erros de arbitragem aos montes, times grandes fazendo corpo mole e entregando jogos, tapetão dando show nos atos finais - pra variar - e um Palmeiras medroso, apático em muitos jogos ditos "fáceis", com receio de ser feliz. Tenho minhas dúvidas se não disparou para não deixar de movimentar os milhões de reais em bilheteria destes últimos jogos - para os outros clubes - vale registrar. Porque se assim o fosse, esfriaria o sistema de pontos corridos, que, cá pra nós, está na hora de descansar um pouco.

Parabéns ao Flamengo pela ousadia de um time mediano, com técnico mediano e garra de campeão. Acho importante ressaltar que as duas últimas rodadas tiraram um pouco o brilho da conquista. Deveriam ter - e tem time pra isso - derrubado Corinthians e Grêmio na bola. Não foi isso que aconteceu. Uma pena. E paulistas e gaúchos mancham suas trajetórias a troco de nada. Profissionalismo zero. Desrespeito às torcidas.

Do Palmeiras tenho pouco a dizer. Já disse em postagens anteriores e alertei para essa cautela excessiva. Desnecessária. Na última rodada Muricy parece ter acordado e até conseguiu um bom primeiro tempo contra o Botafogo, porém a falta de pontaria não colocou o Palmeiras em vantagem já na primeira etapa.

Mas aí veio o velho estilo Muricy. O medo de vencer. A cautela de substituir D. Sacconi por Sandro Silva. E o Botafogo abre o placar. Hora de reagir. Robert em campo. Mais Botafogo. 2 a 0. Certamente Muricy deve ter recebido a notícia de que o Santos empatara o jogo contra o Cruzeiro. Porque mesmo perdendo de 2 a 0 o time não atacava com sede. Libertadores? Pra quê, né? Campeonato insignificante...sequer tiveram a força de empatar com o moribundo Botafogo. Porque o empate lhe bastaria. Resumindo: FORA, Muricy.

Bem fez o blogueiro e também palestrino Conrado Cacacce, do Parmerista. Puxou o freio da paixão pelo Palmeiras. Passou a ser mais racional e dedicar-se mais a família. Seguirei seus passos. Porque o futebol apodrece a cada dia. Quando milhões entram em campo, a beleza do espetáculo perde lugar para interesses de alguns poucos, que ainda riem da nossa cara.

A paixão pelo futebol nunca morrerá, mas, além da família como fez Cacacce, vou direcionar minha atenção às corridas de rua, ao futebol com os amigos, ao kart e principalmente às histórias e estórias da várzea, porque lá a verdadeira essência do esporte bretão nunca perderá o brilho.